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Dembelé e Lautaro se reerguem e dão esperança a PSG e Inter de Milão na final da Liga dos Campeões

Em anos sem grandes campeonatos de seleções, a Liga dos Campeões normalmente é o grande fiel da balança na corrida pelas premiações de melhor do mundo. Mas a entrada do Mundial de Clubes no calendário faz com que a Champions tenha ares de 1º round nesta disputa. A final de hoje entre PSG e Inter […]


Em anos sem grandes campeonatos de seleções, a Liga dos Campeões normalmente é o grande fiel da balança na corrida pelas premiações de melhor do mundo. Mas a entrada do Mundial de Clubes no calendário faz com que a Champions tenha ares de 1º round nesta disputa. A final de hoje entre PSG e Inter de Milão, às 16h, na Allianz Arena, em Munique (Alemanha), pode coroar Ousmane Dembelé e dar a ele um favoritismo na disputa, até agora, com Lamine Yamal. Ou jogar mais holofotes para Lautaro Martinez, a depender de seu desempenho na final. O francês e o argentino chegam a Munique como os protagonistas da decisão. E, independentemente do resultado de hoje, ambos desembarcarão em alta no torneio dos Estados Unidos. Duas histórias marcadas pela superação de momentos de tropeço e de talentos destinados a brilhar diante de todo o mundo.

Ousmane Dembelé: da queda livre ao protagonismo

A queda livre na carreira de Dembelé impressiona. Contratado pelo Barcelona, em 2017, por 102 milhões de euros (então a segunda transação mais cara da história do futebol), a joia francesa ficou escondida no clube catalão devido a anos de lesões e indisciplina. Mas os novos ares não o ajudaram a voltar a brilhar e, em setembro do ano passado, tornou a ser barrado por motivos comportamentais. Seria o fim da linha para muitos. Para ele, foi o trampolim para o tão esperado recomeço.

Dumfries ajuda Dembelé a se levantar em Barcelona x Inter de Milão em 2012. Jogadores se reencontrarão na final da Liga dos Campeões — Foto: JOSEP LAGO / AFP
Dumfries ajuda Dembelé a se levantar em Barcelona x Inter de Milão em 2012. Jogadores se reencontrarão na final da Liga dos Campeões — Foto: JOSEP LAGO / AFP

— A melhor coisa que fiz com Ousmane foi deixá-lo fora daquele jogo (contra o Arsenal, pela fase de liga da Champions), pelo que todos vocês me criticaram – comentou o técnico Luis Enrique numa de suas coletivas, já neste ano.

A relação entre técnico e jogador não era boa. Mas, a partir daquele momento, os dois passaram conversar mais e se entenderam. Luis Enrique mudou o posicionamento de Dembelé. O atacante deixou de jogar como um ponta direito, passou a se posicionar de forma mais centralizada e mais próximo da área. Virou um falso 9. Também treinou mais finalizações e, a partir da análise de vídeos, passou a prestar mais atenção nas decisões que vinha tomando em campo.

Embora já fizesse uma boa temporada, o francês disparou no segundo semestre. Virou uma máquina de ataque. Ao todo, registra 35 gols e 12 assistências com a camisa do Paris Saint-Germain e da França em 2024/25.

Dembelé teve participação direta na classificação em todas as fases de mata-mata da Champions e chega à decisão como principal esperança de gols (enquanto o goleiro Donnarumma, outro destaque do PSG, garante a proteção atrás). E pode terminar a temporada como herói do tão aguardado título da Champions para o clube francês, feito que nem o trio Neymar, Messi e Mbappé conseguiram.

Campeão ou não hoje, o camisa 10 do PSG certamente chegará no Mundial em sua melhor forma. E o Botafogo, que está no mesmo grupo do PSG, que se cuide.

— Não sei se estou no auge. Acredito que ainda posso melhorar, e a equipe também. Mas, sim, sinto que estou fazendo uma grande temporada – avaliou o francês em entrevista ao site da Fifa.

Lautaro Martínez: campeão da Copa do Mundo, mas motivo de memes

Que Lautaro Martínez é um centroavante implacável com os adversários, argentinos e italianos não têm dúvida. Mas, na grande oportunidade que teve de mostrar suas virtudes numa Copa do Mundo, deu tudo errado. Bom, nem tudo. A seleção argentina saiu consagrada do Catar e pôs fim ao jejum de 36 anos sem levantar o troféu. O problema foi que o atacante, apesar de campeão, deixou o Oriente Médio como personagem de memes. A pontaria sumiu durante o torneio, a ponto de ele ter ido para o banco ainda na fase de grupos e de lá não ter saído mais.

Joga dura entre Lautaro Martinez e o australiano Jackson Irvine na Copa do Mundo de 2022 — Foto: JUAN MABROMATA / AFP
Joga dura entre Lautaro Martinez e o australiano Jackson Irvine na Copa do Mundo de 2022 — Foto: JUAN MABROMATA / AFP

A verdade é que a impressão deixada por Lautaro no torneio de maior visibilidade do planeta não é justa com seu currículo. O bom começo no Racing-ARG deixou traumas em Vasco e Cruzeiro, vítimas do argentino na Libertadores. Só naquela temporada, foram 18 gols em 30 jogos, performance que deu à diretoria da Inter de Milão a certeza de que ele era a aposta certa a ser feita.

Na terra do calcio, após uma primeira temporada de adaptação, o centroavante logo mostrou a que veio e justificou o apelido de “El Toro”. Em sete anos, são 151 gols em 330 partidas (é o maior goleador estrangeiro do clube), dois títulos italianos (tendo sido o artilheiro da edição 2023/24) e duas copas nacionais.

— Fomos buscar um garoto de 20 anos e não erramos. Quando você compra um jogador jovem na Argentina, sonha que ele evolua como evoluiu o Lautaro – disse Javier Zanetti, ex-capitão da Inter e hoje vice-presidente ao site oficial do clube.

A performance na Copa do Catar já ficou para trás na memória dos argentinos, que viram o atacante decidir na final da Copa América 2024, vencida sobre a Colômbia, e terminar como artilheiro. Mas brilhar na final da Champions (dois anos depois do vice-campeonato diante do Manchester City) e liderar a Inter no Mundial seriam a oportunidade de mostrar ao resto do planeta como ele merece ser melhor visto no grupo dos grandes nomes do futebol atual.

— A Inter, com a história que tem e com a grandeza que possui, sempre tem que ter o ponto mais alto como objetivo – afirmou o centroavante, em entrevista ao site da Fifa.



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