“Nessa hora, já tínhamos entrado na casa da minha mãe, e eu ligava o tempo todo para, dizia ‘cadê o Herus?’, gritando para todo mundo. Todo mundo correu, se abrigou onde pode, e eu tentando sair, mas tinha tanta pessoa entrando na casa da minha mãe, tanta criança caída no chão, e a gente com medo de pisotear as crianças perdidas dos pais, que eu não conseguia sair. Subi na janela, gritava por ele, e o telefone só tocava, as mensagens de Whatsapp chegavam, mas o Herus não me respondia mais. Eu já sabia que tinha acontecido alguma coisa porque o Herus nunca deixava de me responder. Quando consegui passar pelas pessoas e sair, começamos a correr por dentro de toda a comunidade atrás dele e não encontrávamos em lugar algum. Meu filho não estava em visão, já tinham arrastado o corpo do meu filho para outro lugar. Se ele estivesse aonde ele foi alvejado, eu teria visto ele assim que saí da casa da minha mãe”, narrou Mônica.