O Brasil se destacou na edição de 2025 do EVOO International Olive Oil Contest (EVOO IOOC), um dos principais concursos de azeites extravirgens do mundo. A premiação foi realizada em Palmi, na região da Calábria, sul da Itália, e reuniu 707 azeites de 28 países. Os produtos foram avaliados por um júri internacional, com base em critérios como aroma, sabor, equilíbrio e inovação, em categorias que contemplam monovarietais, blends e azeites com infusão.
A Estância das Oliveiras, de Viamão (RS), foi a marca brasileira com maior número de medalhas, conquistando sete premiações: quatro de ouro, com os azeites Picual, Blend Exclusivo, Coratina e Signature, e três de prata, com os azeites Arbequina, Los Dos e Koroneiki.
O azeite Picual também foi finalista na categoria de Melhor Azeite Monovarietal do Hemisfério Sul, reconhecido pela sua composição típica da variedade, com notas verdes, amargor moderado e boa estabilidade oxidativa. A variedade, originária da Espanha, tem apresentado bom desempenho nas condições de cultivo da região sul do Brasil.
Além da Estância das Oliveiras, outras marcas brasileiras se destacaram:
- Prosperato: premiada como Melhor Monovarietal Internacional do Hemisfério Sul com o azeite Prosperato Exclusivo Picual.
- Fazendas do Azeite Sabiá: vencedora na mesma categoria com o azeite Sabiá Coratina.
- Casa Colombi: recebeu medalha de ouro e foi reconhecida como Best of Brazil com o azeite Casa Colombi Coratina.
- Casa Mantiva: premiada com ouro na categoria blend com o azeite Blend da Jequitibá.
- Olibi: conquistou duas medalhas de ouro com os azeites Olibi Safra 2024 e a versão aromatizada com Limão Siciliano.
Produção de azeite no Brasil em crescimento
Nos últimos anos, o Brasil vem consolidando sua presença no setor da olivicultura. De acordo com dados da Embrapa Agroindústria de Alimentos, a produção brasileira de azeite de oliva chegou a aproximadamente 700 toneladas em 2023, representando menos de 1% do volume importado pelo país. Esse número evidencia um crescimento expressivo frente aos anos anteriores, quando o Brasil ainda dependia quase totalmente de importações.