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De ‘patinho feio’ a novo galã de ‘Vale tudo’, Thomás Aquino celebra fase na carreira: ‘me explodo de felicidade’

Se explodindo de felicidade. É como Thomás Aquino descreve o atual momento em sua carreira. Na quarta-feira (11), o ator chega às telinhas do Globoplay como protagonista de “Guerreiros do sol”, novela original da plataforma escrita por George Moura e Sergio Goldenberg, com direção artística de Rogério Gomes. Isso, poucos dias após fazer sua estreia […]


Se explodindo de felicidade. É como Thomás Aquino descreve o atual momento em sua carreira. Na quarta-feira (11), o ator chega às telinhas do Globoplay como protagonista de “Guerreiros do sol”, novela original da plataforma escrita por George Moura e Sergio Goldenberg, com direção artística de Rogério Gomes. Isso, poucos dias após fazer sua estreia em “Vale tudo”, folhetim titular do horário das 21h na Globo, no papel de Mário Sérgio, novo funcionário da Tomorrow que irá mexer com a vida de Solange (Alice Wegmann). Ele também acaba de lançar o audiolivro “O misterioso caso de Styles”, de Agatha Christie, e a série “DNA do crime”, em sua segunda temporada na Netflix. E tem dois filmes para estrear em 2025: “Paterno”, de Marcelo Lordello, em agosto; e “O agente secreto”, de Kleber Mendonça Filho, premiado no último Festival de Cannes, em novembro.

— Comecei no teatro com 20 anos. Estou há 19 anos na batalha. É muito especial estar galgando patamares nunca antes conquistados. Me explodo de felicidade — comemora o ator, de 39 anos.

Pernambucano do Recife, Thomás conta que estudou jornalismo na faculdade, mas não chegou a concluir o curso, e que nunca nutriu o sonho de ser ator quando jovem. Um dia, em 2006, leu no jornal uma chamada para testes para uma montagem no teatro de “O grande circo místico”, adaptação de obra de Chico Buarque e Edu Lobo, e decidiu tentar fazer o teste. Acabou passando.

Ator Thomás Aquino, de "Guerreiros do sol" e "Vale tudo" — Foto: Ana Branco / Agência O Globo
Ator Thomás Aquino, de “Guerreiros do sol” e “Vale tudo” — Foto: Ana Branco / Agência O Globo

— Passei três meses fazendo a preparação circense e quando ouvi os primeiros aplausos, me tocou em algo que nunca havia sentido. Decidi que não iria desistir daquilo ali — diz o ator. — Eu recebi uma crítica muito negativa do jornal, que dizia que eu era a pior coisa da peça, mas levei isso como uma lição de que ainda não havia estudado o suficiente. Depois disso, fui fazer um curso de teatro. Quando a peça voltou para uma nova temporada em 2007, recebi outra crítica falando que eu era o auge da montagem. Continuei estudando e hoje estou aqui nos Estúdios Globo.

Antes de se destacar nas novelas, o ator ficou conhecido pelo trabalho nos palcos, no cinema e nas séries. Ele estrelou três montagens de João Falcão no teatro: “Ópera do malandro” (2014), “Gonzagão, a lenda” (2014) e “Gabriela, o musical” (2016). Fez as séries “3%“, “Manhãs de setembro”, “Vidas bandidas” e “Os outros”. E participou de filmes importantes como “Tatuagem” (2011), de Hilton Lacerda, “Bacurau”, de Mendonça Filho e Juliano Dornelles, e “Deserto particular” (2021), de Aly Muritiba. Em “O agente secreto”, além do reencontro com o diretor, Thomás viu o fechamento de outro ciclo.

— Eu trabalhei com o Wagner (Moura) em “Praia do futuro” (2014), numa época em que não me sentia maduro o suficiente para fazer o personagem. Um dia, subindo no elevador com o Wagner, ele bateu no meu ombro e falou: “cara, fica tranquilo, a gente ainda vai se ver”. Anos depois fizemos este novo filme juntos. Fiquei muito feliz pelos prêmios dele e do Kleber (em Cannes) — lembra.

Thomás Aquino em cena de "Guerreiros do sol" — Foto: Estevam Avellar / Globo
Thomás Aquino em cena de “Guerreiros do sol” — Foto: Estevam Avellar / Globo

Em “Guerreiros do sol”, Thomás interpreta Josué, um cangaceiro inspirado em Lampião.

— É uma novela que fala sobre esse cangaço, esse sol, este sertão para além do estereótipo, porque o sertão também tem suas belezas naturais, e a novela mostra isso. É uma história de amor em tempos de guerra — afirma o ator, que vive par romântico com Isadora Cruz.

Conhecido no meio como Papinha, o diretor Rogério Gomes destaca a liderança do ator durante as filmagens da novela em locações próximas às cidades de Piranhas e Delmiro Gouveia, em Alagoas, e Canudos e Paulo Afonso, na Bahia.

— Thomás foi um grande parceiro na caminhada. Seu bom humor trazia uma leveza para o set, mesmo nas situações mais adversas do Sertão. E ainda assim, ele entregava cenas com uma carga dramática altíssima — diz o diretor artístico.

Mário Sérgio (Thomás Aquino) e Solange (Alice Wegmann) — Foto: Leo Rosário / Globo
Mário Sérgio (Thomás Aquino) e Solange (Alice Wegmann) — Foto: Leo Rosário / Globo

Já em “Vale tudo”, o ator, que pediu (e recebeu) a benção a Marcos Palmeira, intérprete de Mário Sérgio na versão original, vem experimentando algumas novidades, como o feedback imediato por parte do público nas ruas e o estigma de galã nas redes sociais.

— Por um tempo eu me senti o patinho feio por não seguir o padrão que a sociedade queria. Isso mexe com as pessoas. Eu via comerciais e não me identificava com aqueles corpos, com aquelas pessoas. Recebi muitos “nãos” em testes para comerciais. O meu sotaque não era bem visto, tinha uma estrutura xenofóbica que vai te atingindo — lembra. — Felizmente, temos visto uma repaginação com vozes crescentes em todas as áreas. Receber esse status de galã ainda é uma novidade. Estou tentando entender o que é o galã, mas ficou muito feliz e lisonjeado.

Ator Thomás Aquino — Foto: Ana Branco / Agência O Globo
Ator Thomás Aquino — Foto: Ana Branco / Agência O Globo

Morando há nove anos em São Paulo, e vivendo na ponte aérea durante este período em que filma “Vale tudo” e a terceira temporada de “Os outros” no Rio, o ator lembra de se emocionar nas conversas com o diretor artístico Paulo Silvestrini e com a autora Manuela Dias, em que lhe falaram que ele não precisaria mudar seu sotaque para a novela.

— A gente cresce ouvindo sobre atores nordestinos que tinham que esconder o sotaque, então me emocionei quando disseram que amavam como eu falava.



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