As Forças Armadas de Israel afirmaram que mataram o chefe do Estado-Maior do Irã para tempos de guerra, Ali Shadmani. A morte ocorreu durante os ataques noturnos em Teerã, segundo divulgação oficial.
Shadmani foi nomeado há alguns dias para substituir o antigo comandante morto nos ataques anteriores. Ele assumiu o cargo na sexta (13) depois dos ataques israelenses matarem vários comandantes de alto escalão do Irã.
O Irã ainda não confirmou a morte.
A Força de Defesa de Israel disse que após ‘informações precisas’ recebidas, surgiu uma ‘oportunidade repentina nesta terça-feira (17)’ para ataque a um ‘centro de comando com efetivo no coração de Teerã e eliminou Ali Shadmani’.
A declaração ainda diz que ‘em suas várias funções, ele influenciou diretamente os planos operacionais do Irã visando o Estado de Israel’.
Shadmani foi um dos líderes do Quartel-General Central de Khatam al-Anbiya, uma unidade que coordena o exército regular e a Guarda Revolucionária do Irã.
Mísseis do Irã e defesa de Israel em Haifa. — Foto: AHMAD GHARABLI / AFP
A guerra entre Israel e Irã entrou hoje no quinto dia, com a escalada de bombardeios em Teerã e em Tel Aviv. Até agora, o conflito já deixou mais de 220 mortos no Irã e pelo menos 24 vítimas em Israel. Durante a noite, explosões voltaram a abalar Teerã e sirenes de ataque aéreo dispararam em Tel Aviv, com duas levas de mísseis iranianos.
O Irã alertou que está se preparando para o maior e mais intenso ataque de mísseis da história em solo israelense após um bombardeio de Israel atingir a emissora estatal e matar pelo menos dois funcionários.
Nas últimas horas, a tensão aumentou quando o presidente Donald Trump abandonou a cúpula do G7, no Canadá, e voltou às pressas aos Estados Unidos para se reunir com um gabinete de crise na Casa Branca.
Segundo a rede de TV CNN, o presidente pediu que o Conselho de Segurança Nacional em Washington ficasse de prontidão na Sala de Situação para uma reunião sobre o tema.
De acordo com o jornal The New York Times, o presidente avalia se os Estados devem entrar no conflito e bombardear uma usina de enriquecimento nuclear que fica dentro de uma montanha no Irã.
O secretário de Defesa, Pete Hegseth, garantiu que os Estados Unidos ainda buscam um acordo nuclear com o Irã e não vão se envolver diretamente em ações ofensivas no conflito.
Mais cedo, Trump recomendou que os moradores de Teerã fujam imediatamente da cidade, que tem 10 milhões de habitantes. Ele reiterou que o Irã deveria ter assinado o acordo nuclear antes que fosse tarde demais.
Antes de deixar o Canadá, o presidente americano assinou uma declaração do G7 em que o grupo afirma que o Irã é a principal fonte de “instabilidade e terror” na região e que “nunca poderá ter uma arma nuclear”.
O bloco também pede que a resolução da crise no país leve a uma “grande desescalada das hostilidades no Oriente Médio” e a um cessar-fogo em Gaza.
No documento, os líderes do bloco econômico reiteram o compromisso com a paz e dizem que Israel tem o direito de se defender.
O G7 é composto por Canadá, Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Japão.