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Maratona de interrogatórios terá adaptação em plenário do STF e reunião de Bolsonaro com outros réus

A maratona de interrogatórios da trama golpista que começa nesta segunda-feira no Supremo Tribunal Federal (STF) terá uma “adaptação” arquitetônica na sala de sessões da Primeira Turma. O púlpito onde os advogados fazem as suas sustentações orais será substituído pela primeira vez por uma mesa onde ficarão os réus que estiverem prestando depoimento. Os demais […]


A maratona de interrogatórios da trama golpista que começa nesta segunda-feira no Supremo Tribunal Federal (STF) terá uma “adaptação” arquitetônica na sala de sessões da Primeira Turma. O púlpito onde os advogados fazem as suas sustentações orais será substituído pela primeira vez por uma mesa onde ficarão os réus que estiverem prestando depoimento. Os demais acusados também estarão presentes, mas sentados logo atrás, lado a lado, acompanhados por suas defesas.

A alteração na geografia da sala coloca no centro do plenário os réus, que serão interrogados pelo ministro Alexandre de Moraes, e fará com que todos eles fiquem próximos, apesar da proibição para que eles se falem ou mantenham contato. Isso significa que o ex-presidente Jair Bolsonaro e Mauro Cid irão se encontrar e ficar na mesma sala pela primeira vez após o ex-ajudante de ordens firmar um acordo de delação premiada.

Veja quem participará dos interrogatórios — Foto: Editoria de Arte
Veja quem participará dos interrogatórios — Foto: Editoria de Arte

Além de Bolsonaro e Cid, ficarão na mesma sala, pela primeira vez, Alexandre Ramagem, Almir Garnier Santos, Anderson Torres, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira. Apenas Walter Braga Netto será o único a falar de forma virtual por estar preso no Rio de Janeiro desde dezembro de 2024.

Confira quem são os réus da trama golpista que serão interrogados no STF nesta semana — Foto: Editoria de Arte
Confira quem são os réus da trama golpista que serão interrogados no STF nesta semana — Foto: Editoria de Arte

Atrás da mesa onde ficará a pessoa interrogada, outras oito mesas estarão colocadas, uma ao lado da outra, para cada um dos réus, que precisão estar de forma simultânea vendo os demais depoimentos. No fundo, haverá outro espaço, reservado aos advogados de defesa.

No lugar reservado aos ministros do STF que integram a Primeira Turma estarão as três pessoas que compõem os interrogatórios: além de Moraes, que estará no centro do plenário, à esquerda ficará sentado o procurador-geral da República, Paulo Gonet, e à direita a chefe de gabinete do magistrado, Cristina Yukiko Kusaha Gomes.

A adaptação de um plenário para uma sala de interrogatórios também resultará em uma mudança na segurança do prédio onde ficam as Turmas do STF, conhecido como “igrejinha”. A segurança do local será reforçada, com a realização de varreduras pela Polícia Judicial, e apenas pessoas previamente cadastradas poderão entrar no prédio.

Depoimentos serão prestados em sala da Primeira Turma do STF — Foto: Editoria de Arte
Depoimentos serão prestados em sala da Primeira Turma do STF — Foto: Editoria de Arte

Os interrogatórios serão transmitidos pela TV Justiça e começam com a fala do tenente-coronel Mauro Cid pelo fato de ele ser colaborador da Justiça. Isso ocorre porque, na ação penal, as defesas devem ter a oportunidade de se defender de todas as acusações. Após Cid, os réus serão ouvidos em ordem alfabética.

No caso de os depoimentos não serem concluídos na audiência da próxima segunda-feira, mais datas foram reservadas por Moraes: o ministro separou entre os dias 9 e 13 para que os réus sejam ouvidos. Eles têm o direito de permanecer em silêncio, já que nenhum acusado é obrigado a produzir provas contra si mesmo.



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